segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A ÁGUA DO MUNDO

A ÁGUA DO MUNDO
de Leo Jaime.
Vou correndo, como se isso me fizesse escapar dos pingos da chuva que se inicia. Menos tempo na chuva, pode ser ilusório, mas tenho a impressão de que ficarei menos molhado, de que chegarei menos ensopado. Com o canto do olho observo o senhor que com a mangueira termina de limpar a calçada, mesmo sabendo que a chuva há de modificar todo o cenário nos próximos instantes. Ou vai trazer de volta toda a sujeira que ele está tirando ou vai lavar outra vez o que ele acabou de lavar. A água que cai do céu cai purinha, purinha, é o que penso enquanto corro dela. A água que cai do céu. Lembro-me do livro da Camille Paglia em que ela afirmava, ou pelo menos foi o que me recordo de ter dali subtraído, que o homem havia optado por viver em grupo por temor aos fenômenos naturais: chuvas, clima, terremotos etc. Foi preciso se unir contra as forças da natureza. As forças amorais na natureza. Quando passa um furacão levando tudo, bons ou os maus, estão todos ameaçados. Quando chove muito e tudo começa a inundar, anjos e demônios poderão estar, em breve, igualmente submersos. Quando a água falta, senhores e escravos morrem da mesma sede. Há forças mais poderosas que a maldade humana. Os destinos turísticos são, em sua maioria, lugares interessantes por causa da água. Praias, lagos, rios, cachoeiras: somos naturalmente atraídos pela água. A simples vista para o mar ou rio já torna um ambiente mais interessante. Parece óbvio o que digo mas se levarmos em conta que grande parte do planeta é tomado por água isso passa a ser, sim, digno de nota: vivemos em meio a tanta água e ainda somos tão fascinados por ela! Nosso organismo é também, em sua maior porção, água. Somos água, viemos da água, para a água voltaremos e, enquanto tivermos como aproveitar a vida, queremos fazê-lo perto de alguma fonte de água límpida, na beira de um rio ou mar. Navegando, que seja. Queremos água. Vivemos, porém, sob o alerta de que a água pode acabar. É preciso economizar. Parece absurdo pois a água é absolutamente indestrutível! Se você toca fogo ela vira fumaça e depois volta a ser água, se congela ela derrete e volta a ser água, seja lá o que se faça com ela, a água volta a ser água depois de um tempo, pura e cristalina. E na mesma quantidade! Pois é. Mas pode voltar salgada. Sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar? O prejuízo maior que a água pode sofrer é a poluição. Uma vez poluída a água pode demorar muitos anos para voltar ao seu estado natural, potável, como os pingos da chuva lá do início. Volto ao início e ao senhor que tentava varrer uma folha de árvore, pequenina, da porta de seu prédio, segundos antes da chuva começar. Quantos litros de água pura ele desperdiçava naquela tarefa imbecil? Não seria mais fácil varrer a folhinha ou pegá-la com a mão? Aquela água correria para o bueiro e se juntaria ao esgoto cheio de substâncias químicas e de lá iria parar sabe-se lá onde, mas, poluída, demoraria um tempo enorme para voltar para o reservatório d'água da cidade. Este tempo é que pode ser o suficiente para uma cidade entrar em caos por não ter o que beber. A água não vai "acabar" nunca, mas talvez, um dia, não possamos usufruir dela onde e como gostaríamos. Talvez as grandes desgraças naturais não nos metam tanto medo porque o que nos vai derrotar mesmo sejam as folhinhas nas calçadas. Aguadas de estupidez.23/03/2006
Leo Jaime é cronista do Blônicas todas as quintas-feiras.

Aprendizagem Mediada pela Tecnologia: Um Novo Modelo

O modelo de educação que caracterizará a sociedade da informação e do conhecimento provavelmente não será calcado no ensino, presencial ou remoto: será calcado na aprendizagem. Conseqüentemente, não será um modelo de Ensino a Distância, mas, provavelmente, um modelo de Aprendizagem Mediada pela Tecnologia.
Esse modelo deverá ser centrado no aprendente, em suas necessidades, em seus interesses, em seu estilo e em seu ritmo de aprendizagem. Quem quiser participar desse processo terá que disponibilizar, não cursos convencionais ministrados a distância, mas, sim, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem.
A Internet e a Web, ou seus sucedâneos, certamente terão um papel fundamental nesse processo.
A Internet, especialmente através da Web, caminha rapidamente para se tornar o grande repositório que armazenará todo tipo de informação que for tornada pública no mundo daqui para frente. O modelo, daqui para frente, não será alguns (os ensinantes) transmitindo informações a outros (os aprendentes), mas muitos (estudantes, trabalhadores, qualquer um que precise) vindo em busca de informação em lugares em que sabem que podem encontrá-la (a Web). Em linguagem da Internet, o modelo será muito mais “pull” (busca da informação) do que “push” (entrega da informação).
A tarefa de discutir, analisar, avaliar, e aplicar essa informação a tarefas práticas será realizada, mais e mais, não através da escola, mas através de grupos virtuais de discussão, onde cada um se alterna no papel de ensinante e de aprendente. O que é virtual aqui é o grupo, não a aprendizagem: esta é suficientemente real para satisfazer a maior parte das necessidades de aprendizagem das pessoas.
Se a escola puder se reinventar e tornar-se um ambiente de aprendizagem desse tipo, ela pode sobreviver. Mas a Internet, a Web, correio eletrônico, bate-papos, discussões baseadas em texto (grupos de discussão), videoconferências, etc., precisarão estar no centro dela e se tornar parte de sua rotina. O que aqui é dito da escola aplica-se a escolas de todos os níveis, inclusive às universidades.

A Justificação do Ensino a Distância

A Justificação do Ensino a Distância
Muitas pessoas poderiam ficar tentadas a justificar o Ensino a Distância simplesmente perguntando “Por que não?” Apesar disso, há boas razões para se discutir se o Ensino a Distancia é justificado, o que o justifica, e quais sãos os seus méritos vis-à-vis o Ensino Presencial.
De um lado há aqueles que presumem que o Ensino a Distância não difere, substantivamente, do Ensino Presencial. Se o ensino é algo que deve ser promovido, e é possível ensinar a distância, então o Ensino a Distância está justificado.
Do outro lado há aqueles que vêem vantagens no Ensino a Distância quando comparado ao Ensino Presencial: maior alcance, melhor razão custo/benefício, e, principalmente, maior flexibilidade tanto para ensinantes como para aprendentes, visto que eles acreditam que o Ensino a Distância pode ser realizado de forma tão personalizada a ponto de tornar-se instrução individualizada.
Contra essas duas posições favoráveis há aqueles que acreditam que, no Ensino a Distância, perde-se a dimensão pessoal que, mesmo que não seja condição necessária do próprio ensino, certamente o é para o ensino eficaz.

Aprendizagem pela Tecnologia

IV. Aprendizagem Mediada pela Tecnologia
A despeito de sua popularidade, Ensino a Distância não é a melhor aplicação da tecnologia na educação hoje. Este lugar deve ser reservado ao que pode ser chamado de Aprendizagem Mediada pela Tecnologia.
Como mencionado, não há dúvida de que a educação e a aprendizagem podem ocorrer em decorrência do ensino. Mas também não há dúvida de que a educação pode ocorrer através da auto-aprendizagem, i.e., através daquela modalidade de aprendizagem que não está associada a um processo de ensino, mas que ocorre através da interação do ser humano com a natureza, com outras pessoas, e com o mundo cultural. Uma grande proporção da aprendizagem humana acontece desta forma, e, segundo alguns pesquisadores, esse tipo de aprendizagem é mais significativa – isto é, acontece mais facilmente, é retida por mais tempo e é transferida de maneira mais natural para outros domínios e contextos – do que a aprendizagem que ocorre em decorrência de processos formais e deliberados de ensino (i.e., através da instrução).
O que é particularmente fascinante nas novas tecnologias disponíveis hoje, em especial na Internet, e, dentro dela, na Web, não é que, com sua ajuda, seja possível ensinar remotamente ou a distância, mas, sim, que elas nos ajudam a criar ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem nos quais as pessoas interessadas e motivadas podem aprender quase qualquer coisa sem ter que se tornar vítimas de um processo formal e deliberado de ensino. A aprendizagem, neste caso, é mediada apenas pela tecnologia.
Não há dúvida de que atrás da tecnologia há outras pessoas, que preparam os materiais e os disponibilizam através da rede. Quando alguém usa os recursos hoje disponíveis na Internet para aprender de maneiras auto-motivadas e exploratórias, ele usa materiais de diferentes naturezas, preparados e disponibilizados em contextos os mais variados, não raro sem qualquer interesse pedagógico, e ele faz isso de maneira totalmente imprevisível, que, portanto, não pode ser planejada, e num ritmo que é totalmente pessoal e regulado apenas pelo desejo de aprender e pela capacidade de assimilar e digerir o que ele encontra pela frente.
Por causa disso não parece viável chamar essa experiência de Ensino a Distância, como se fosse a Internet que ensinasse, ou como se fossem as pessoas por detrás dos materiais que ensinassem. O que está acontecendo em um contexto como o descrito é Aprendizagem Mediada pela Tecnologia, auto-aprendizagem, isto é, aprendizagem que não é decorrente do ensino.
Conseqüentemente, as principais categorias em que podem ser classificadas as principais maneiras de utilizar a tecnologia na educação são:
Em apoio ao Ensino Presencial
Em apoio ao Ensino a Distância
Em apoio à Auto-aprendizagem

Tecnologia na Educação

II. Tecnologia na Educação
Várias expressões são normalmente empregadas para se referir ao uso da tecnologia, no sentido visto, na educação. A expressão mais neutra, “Tecnologia na Educação”, parece preferível, visto que nos permite fazer referência à categoria geral que inclui o uso de toda e qualquer forma de tecnologia relevante à educação (“hard” ou “soft”, incluindo a fala humana, a escrita, a imprensa, currículos e programas, giz e quadro-negro, e, mais recentemente, a fotografia, o cinema, o rádio, a televisão, o vídeo e, naturalmente, computadores e a Internet).
Não há porque negar, entretanto, que, hoje em dia, quando a expressão “Tecnologia na Educação” é empregada, dificilmente se pensa em giz e quadro-negro ou mesmo de livros e revistas, muito menos em entidades abstratas como currículos e programas. Normalmente, quando se usa a expressão, a atenção se concentra no computador, que se tornou o ponto de convergência de todas as tecnologias mais recentes (e de algumas antigas). E especialmente depois do enorme sucesso comercial da Internet, computadores raramente são vistos como máquinas isoladas, sendo sempre imaginados em rede – a rede, na realidade, se tornando o computador.
Faz sentido lembrar aos educadores o fato de que a fala humana, a escrita, e, conseqüentemente, aulas, livros e revistas, para não mencionar currículos e programas, são tecnologia, e que, portanto, educadores vêm usando tecnologia na educação há muito tempo. É apenas a sua familiaridade com essas tecnologias que as torna transparentes (i.e., invisíveis) a eles.
“Tecnologia na Educação” é uma expressão preferível a “Tecnologia Educacional”, pois esta parece sugerir que há algo intrinsecamente educacional nas tecnologias envolvidas, o que não parece ser o caso. A expressão “Tecnologia na Educação” deixa aberta a possibilidade de que tecnologias que tenham sido inventadas para finalidades totalmente alheias à educação, como é o caso do computador, possam, eventualmente, ficar tão ligadas a ela que se torna difícil imaginar como a educação era possível sem elas. A fala humana (conceitual), a escrita, e, mais recentemente, o livro impresso, também foram inventados, provavelmente, com propósitos menos nobres do que a educação em vista. Hoje, porém, a educação é quase inconcebível sem essas tecnologias. Segundo tudo indica, em poucos anos o computador em rede estará, com toda certeza, na mesma categoria.

História da Educação no Brasil

A História da Educação Brasileira não é uma História difícil de ser estudada e compreendida. Ela evolui em rupturas marcantes e fáceis de serem observadas. A primeira grande ruptura travou-se com a chegada mesmo dos portugueses ao território do Novo Mundo. Não podemos deixar de reconhecer que os portugueses trouxeram um padrão de educação próprio da Europa, o que não quer dizer que as populações que por aqui viviam já não possuíam características próprias de se fazer educação. E convém ressaltar que a educação que se praticava entre as populações indígenas não tinha as marcas repressivas do modelo educacional europeu. Num programa de entrevista na televisão o indigenísta Orlando Villas Boas contou um fato observado por ele numa aldeia Xavante que retrata bem a característica educacional entre os índios: Orlando observava uma mulher que fazia alguns potes de barro. Assim que a mulher terminava um pote seu filho, que estava ao lado dela, pegava o pote pronto e o jogava ao chão quebrando. Imediatamente ela iniciava outro e, novamente, assim que estava pronto, seu filho repetia o mesmo ato e o jogava no chão. Esta cena se repetiu por sete potes até que Orlando não se conteve e se aproximou da mulher Xavante e perguntou por que ela deixava o menino quebrar o trabalho que ela havia acabado de terminar. No que a mulher índia respondeu: "- Porque ele quer." Podemos também obter algumas noções de como era feita a educação entre os índios na série Xingu, produzida pela extinta Rede Manchete de Televisão. Neste seriado podemos ver crianças indígenas subindo nas estruturas de madeira das construções das ocas, numa altura inconcebivelmente alta. Quando os jesuítas chegaram por aqui eles não trouxeram somente a moral, os costumes e a religiosidade européia; trouxeram também os métodos pedagógicos. Este método funcionou absoluto durante 210 anos, de 1549 a 1759, quando uma nova ruptura marca a História da Educação no Brasil: a expulsão dos jesuítas por Marquês de Pombal. Se existia alguma coisa muito bem estruturada em termos de educação o que se viu a seguir foi o mais absoluto caos. Tentou-se as aulas régias, o subsídio literário, mas o caos continuou até que a Família Real, fugindo de Napoleão na Europa, resolve transferir o Reino para o Novo Mundo. Na verdade não se conseguiu implantar um sistema educacional nas terras brasileiras, mas a vinda da Família Real permitiu uma nova ruptura com a situação anterior. Para preparar terreno para sua estadia no Brasil D. João VI abriu Academias Militares, Escolas de Direito e Medicina, a Biblioteca Real, o Jardim Botânico e, sua iniciativa mais marcante em termos de mudança, a Imprensa Régia. Segundo alguns autores o Brasil foi finalmente "descoberto" e a nossa História passou a ter uma complexidade maior. A educação, no entanto, continuou a ter uma importância secundária. Basta ver que enquanto nas colônias espanholas já existiam muitas universidades, sendo que em 1538 já existia a Universidade de São Domingos e em 1551 a do México e a de Lima, a nossa primeira Universidade só surgiu em 1934, em São Paulo. Por todo o Império, incluindo D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II, pouco se fez pela educação brasileira e muitos reclamavam de sua qualidade ruim. Com a Proclamação da República tentou-se várias reformas que pudessem dar uma nova guinada, mas se observarmos bem, a educação brasileira não sofreu uma processo de evolução que pudesse ser considerado marcante ou significativo em termos de modelo. Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do mundo, que é a de manter o "status quo" para aqueles que freqüentam os bancos escolares. Concluindo podemos dizer que a Educação Brasileira tem um princípio, meio e fim bem demarcado e facilmente observável. E é isso que tentamos passar nesta Home Page. Cada página representa um período da educação brasileira cuja divisão foi baseada nos períodos que podem ser considerados como os mais marcantes e os que sofreram as rupturas mais concretas na nossa educação. Está dividida em texto e cronologia, sendo que o texto refere-se ao mesmo período da Cronologia. A cronologia é baseada na Linha da Vida ou Faixa do Tempo montessoriana. Neste método é feita uma relação de fatos históricos em diferentes visões. No nosso caso realçamos fatos da História da Educação no Brasil, fatos da própria História do Brasil, que não dizem respeito direto à educação, fatos ocorridos na educação mundial e fatos ocorridos na História do Mundo como um todo. Estes períodos foram divididos a partir das concepções do autor em termos de importância histórica. Se considerarmos a História como um processo em eterna evolução não podemos considerar este trabalho como terminado. Qualquer crítica ou colaboração será sempre bem vinda.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ECOLOGIA

ECOLOGIA

A Ecologia é o estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente.
A palavra Ecologia tem origem no grego “oikos", que significa casa, e "logos", estudo. Logo, por extensão seria o estudo da casa, ou de forma mais genérica, do lugar onde se vive. Foi o cientista alemão Ernst Haeckel, em 1869, quem primeiro usou este termo para designar o estudo das relações entre os seres vivos e o ambiente em que vivem, além da distribuição e abundância dos seres vivos no planeta Terra.
O meio ambiente afecta os seres vivos não só pelo espaço necessário à sua sobrevivência e reprodução -- levando, por vezes, ao territorialismo -- mas também às suas funções vitais, incluindo o seu comportamento (estudado pela etologia, que também analisa a evolução dos comportamentos), através do metabolismo. Por essa razão, o meio ambiente -- a sua qualidade -- determina o número de indivíduos e de espécies que podem viver no mesmo habitat.
Da evolução destes conceitos e da verificação das alterações de vários ecossistemas -- principalmente a sua degradação -- pelo homem, levou ao conceito da Ecologia Humana que estuda as relações entre o Homem e a Biosfera, principalmente do ponto de vista da manutenção da sua saúde, não só física, mas também social.
Por outro lado, apareceram também os conceitos de Conservação e do Conservacionismo que se impuseram na actuação dos governos, quer através das acções de regulamentação do uso do ambiente natural e das suas espécies, quer através de várias organizações ambientalistas que promovem a disseminação do conhecimento sobre estas interações entre o Homem e a Biosfera.
A ecologia está ligada a muitas áreas do conhecimento, dentre elas a economia. Nosso modelo de desenvolvimento econômico baseia-se no capitalismo, que promove a produção de bens de consumo cada vez mais caros e sofisticados e isso esbarra na ecologia, pois não pode haver uma produção ilimitada desses bens de consumo na biosfera finita e limitada.

Conceitos ecológicos importantes
- Indivíduo: é a unidade de vida que se manifesta. É um representante de uma espécie.
- Espécie: é o conjunto de indivíduos altamente semelhantes, que na natureza são capazes de intercruzarem, produzindo descendentes férteis.
- População: grupo de indivíduos de mesma espécie Genericamente, uma população é o conjunto de pessoas ou organismos de uma mesma espécie que habitam uma determinada área, num espaço de tempo definido
- Comunidade ou biocenose: conjunto de espécies diferentes que sofrem interferência umas nas outras.
Uma comunidade pode ter seus limites definidos de acordo com características que signifiquem algo para nós, investigadores humanos. Mas ela também pode ser definida a partir da perspectiva de um determinado organismo da comunidade. Por exemplo, as comunidades possuem estrutura trófica, fluxo de energia, diversidade de espécies, processos de sucessão, entre outros componentes e propriedades.
- Ecossistema é o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades.
Visto que Ecologia é a relação dos seres vivos com o meio ambiente, neste projeto será retratado os principais problemas ambientais encontrados no município de Abaetetuba-Pará, tanto na zona urbana como na zona rural; e as possíveis ações e informações sobre educação ambiental.

Abaetetuba e suas três realidades: SEDE, CENTRO E ILHAS.
A sede localiza-se na zona urbana, o centro (incluindo o distrito de beja) e as ilhas localizam-se na zona rural.
Todos apresentam problemas ambientais distintos.

1. Zona Urbana (Sede)
Localiza-se na região mais habitada e movimentada do munícipio com aproximadamente 132.000 habitantes. É na sede que se encontra uma das maiores feiras livres do estado d Pará, negociando-se desde o brinquedo de miriti a quase todos os tipos de pescado.

Problemas Ambientais e Ações Possíveis
1.1 Lixo
É todo e qualquer material que é jogado fora.
Composição do lixo:
Orgânico – é aquele oriundo de qualquer ser vivo, é facilmente decomposto pela natureza e pode ser pelo homem.
Ex: Resto de comida, frutas, verduras, etc...

Inorgânico – São materiais e resíduos de dificil decomposição mais que podem ser reaproveitados pelo homem
Ex: Vidros, plásticos, papéis, metais, etc...

Classificação do lixo:
Domicilar, público, hospitalar, comercial e industrial.

Ações Possíveis
Os três R’S
Reduzir: É evitar o desperdicio de materiais. Devemos comprar somente aquilo que vamos utilizar.
Reutilizar: Ao invés de jogar fora diversos materias, pode-se encontrar novas funções para o mesmo.
Reciclar: É recuperar os diferentes materiais que compõe o lixo para usá-los na fabricação de novos produtos.

Coleta Seletiva:
- É a separação do lixo de acordo com seu tipo de material. Atentar para cor da lixeira; cada cor representa um tipo de material.

1.2 Poluição
É a introdução, no ambiente, de substâncias tóxicas que causam mudanças desfavoráveis afetando o homem direta ou indiretamente.
Tipos de Poluição:
Sonora: Os ruídos constantes e excessivos impedem o descanso, alteram o comportanmento, causam perda de audição e problemas mentais.
Visual: Fixação em locais inadequados para colocação de cartazes.
Poluição do ar: É gerada pela queima de combustiveis usados pelos meios de transporte, chaminés, fábricas, etc.
Poluição do solo: Ocorre através de resíduos domésticos, industriais, entulhos, etc.
Poluição dos rios: Os esgotos das casas e os resíduos do matadouro.

Ações Possíveis
- Não lançar nas águas lixo, animais mortos, produtos químico e tudo mais que possa contaminá-la.
- Evitar lançar detritos sobre o solo.
- Identificar as fontes de poluição do ar e conversar com os possiveis responsáveis para concientizá-los do perigo de saúde.

2. Zona Rural (centro)
A Zona Rural fica afastada do centro urbano, por isso tem seu acesso por meios terrestres. Possui uma grande area verde, onde vivem animais, vegetais e pessoas, os mesmo convivem no mesmo ambiente e vem enfrentando cada dias mais problemas ambientais.

Problemas Ambientais e Ações Possíveis
2.1 Desmatamento
É o ato de destruir as matas.
O desmatamento ocorre na zona rural de Abaetetuba tanto nas grandes areas, quanto nas pequenas. Nas grandes áreas ocorre a retirada das árvores para:
- Criação de gado
- Extração de madeira para a produção de carvão vegetal
- Construção de fábricas e balneários
O desmatamento provoca aumneto de temperatura, perda de árvores raras ameçadas de extinção além de empobrecimento do solo.

Ações Possíveis
- Criação de Sindicatos Rurais para politica de preservação do meio ambiente.
- Criação de cartilhas de esclarecimento sobre quais os danos que o desmatamento pode causar.

2.2 Queimadas
É a queima da vegetação verde ou seca ocasionando incêndios em grandes e pequenas áreas.
As queimadas ocorrem também na zona urbana (sede) como na rural (centro e ilhas)
No centro ocorre com maior freqüência e é desconhecido pela população por acontecer em áreas afastadas da região urbana por isso é mais preocupante, pois a população desconhece os problemas ambientais causados pelas queimadas.
Em busca do seu sustento muitos moradores que habitam na zona rural e também os fazendeiros, realizam a queima de pequenas e grandes áreas arborizadas para a utilização do terreno para a plantação de roças, pastagens de animais, construção de fábricas e outros.
Dificilmente há o replantio dessas áreas provocando o empobrecimento do solo, diminuição da mata, aumento de temperatura, poluição do ar e a morte dos animais.

Ações Possíveis
• Criação de uma cartilha educativa para a comunidade em geral com esclarecimento sobre as queimadas.
• Fiscalização de áreas em processo de desmatamento e possível queima, com atribuição de punições severas diante de situações de depredação irreversível do meio ambiente.
• Criação de um programa ecológico na rádio e TV local que informa a população, os problemas das queimadas.
• Protestos públicos e sensibilização da população quanto à valorização do meio ambiente, local e global.

3. Zona Rural (ilhas)
A região das ilhas é rica principalmente em:açaí, miriti, telha, tijolo, camarão, mapará...isso tudo chega a cidade de Abaetetuba, através em embarcações através dos furos e rios. É também a regiãi de onde vem a matéria-prima para se fazer os famosos brinquedos de miriti.


Problemas Ambientais e Ações Possíveis
3.1 Erosão e Assoreamento
Erosão é o desmoronamento das margens dos rios provocado pela força das águas (correnteza).
Ao eliminar as árvores da nossa região e principalmente as que ficam nas margens dos rios, o homem está colaborando com a ação devastadora da erosão.
A extração de barro nas margens dos rios e furos também provoca a erosão.
A erosão provoca o assoreamento dos rios ficando cada vez mais rasos, reduzindo assim a reprodução dos peixes e as condições de navegação, como ocorre no Rio Maúba e outros.

Ações Possíveis
Para reduzir a erosão precisamos preservar a mata que cresce nas margens dos rios como: açaizeiro, mangueiras, etc.
Agindo dessa forma evitaremos o acúmulo de terra no leito dos rios garantindo a reprodução dos peixes e a navegação.

3.2 Poluição dos Rios
• Vidros, latas, baterias, pilhas e garrafas plásticas têm contribuído para a poluição dos rios pelo tempo que levam para se decompor. (mais de 100 anos)
• Os resíduos químicos e o derramamento de óleo puro e queimado.
Os pontos apresentados prejudicam a oxigenação da água, o que causa a morte do pescado por afogamento.

Ações Possíveis
• Reaproveitar as embalagens dos produtos , queimar papeis, panos e outros, levar vidros e latas para as lixeiras da cidade.
• Colocar filtros nas chaminés das fábricas, nos motores de embarcações para os poluentes que prejudicam os seres vivos.
• Melhorar os métodos de controle contra acidentes ambientais que provocam a mortalidade de peixes e a contaminação da água dos rios.

Neste projeto visa-se, mostrar que pelo estudo da ecologia é possível saber como o homem modifica o ambiente em que vive e quais as consequências de seu comportamento, pois nenhum animal e nenhuma planta vivem isolados. Cada um se relaciona com os outros, com a terra, o ar e água, que constituem seu ambiente físico.
Os maiores problemas causados pelo homem são a poulição e a destruição do meio ambiente. A contaminaçao da água e do ar tem atingido níveis muito altos, o desmatamento tem levado à extinção espécies animais e vegetais. Isso causa um desequilíbrio muito grande, afetando o próprio homem.
Espera-se que quem tome conhecimento deste projeto possa realmente se concientizar que a melhoria do ambiente em que vivemos depende de nós mesmos, pois nós é que construimos esse ambiente.
Começar esse trabalho de preservação dentro da própria casa seria um passo muito grande e positivo em relação ao cuidado com o meio ambiente, pois essa mesma casa é apenas uma parte de um todo.
E lembrar sempre, todo o ser humano é responsável pelos seus próprios atos e as consequências sempre existirão. Se serão boas ou ruins, isso vai depender da semente que foi plantada.

UMA NOVA PROPOSTA PEDAGÓGICA

MARANGON, C.; GENTILE, P.
Nova Escola: A revista do Professor
Trata-se de uma revista direcionada ao meio educativo com diversos modelos de projetos pedagógicos e idéias inovadoras que podem ser implantadas dentro de uma escola.
Na visão do autor o modelo de educação tradicional não é aberto há mudanças, os mecanismos são sempre os mesmos e isso faz com que os alunos não se interessem em buscar novos horizontes.
O modelo de escola proposto pelo professor José Pacheco abre os horizontes da educação dando mais liberdade de expressão e escolha aos seus alunos.
Há 28 anos ele coordena a escola da ponte, essa escola não possui séries e nem ciclos, os alunos são em sua maioria alunos que vieram transferidos de outras escolas, muitos deles violentos. Eles definem sua área de interesse e desenvolvem projetos de pesquisa tanto individuais quanto em grupo.
A instituição pública se notabilizou pelo projeto educativo e inovador que se baseia na autonomia dos estudantes.
Em contrapartida, a proposta pedagógica de Elydio dos Santos Neto, é fazer com que haja sempre a consulta dos pais, participação de diretores, professores e funcionários para que se possa construir uma proposta pedagógica eficaz e que atenda aos anseios da sociedade.
A professora Marilene Mendonça percebeu que suas expectativas não combinavam com o método dos seus colegas de trabalho e só a troca de idéias levaria a uma solução, ou seja, para um bom desempenho pedagógico deve haver a participação de todos os educadores.
A participação dos pais também é de suma importância nas decisões a serem tomadas pra definir os rumos que uma escola deve seguir.
Haja vista que a primeira escola citada representa um método de ensino pouco aplicado no ambiente educacional de hoje. É fácil prever que haverá vários problemas de adaptação: Alguns professores não aceitam esse sistema de ensino e os alunos por sua vez, estranham tanta liberdade.
Na segunda escola, apesar da participação dos educadores, pais e alunos; os mecanismos não fogem da norma padrão repetitiva.
Assim pode-se entender que se é necessário um modelo de escola não tão liberal, mas também não tão mecanizado.
A escola de vê ser organizada, novos métodos devem ser implantados para que os alunos se interessem pelo saber.
Os mecanismos não devem se prender ao costume, pelo contrário, ações inovadoras podem fazer parte do conteúdo escolar para a ampliação da educação e nosso país, porém a liberdade demasiada aos alunos pode fazer com que o ambiente escolar se torne cada vez mais desorganizado.
Sabemos bem que em certas etapas da vida o ser humano precisa de cuidados especiais e a adolescência é uma delas. É nessa etapa que uma escola não pode dar autonomia apenas aos alunos, não que isso não possa acontecer, mas os cuidados necessários precisam ser tomados previamente antes de adotar este método, por exemplo, observar cada aluno em sua maturidade, pois com certeza há estudantes que podem ir longe nesse sentido: Fazer projetos, ter autonomia, enfim, trabalhar com eficiência dentro de sua escola.
Supõe-se desta maneira que nos dias atuais é necessário que haja um modelo pedagógico inovador, porém equilibrado com avaliações criteriosas das propostas apresentadas, pois desta maneira, os problemas que porventura venham a existir serão facilmente solucionados, a escola se tornará um novo ambiente e a educação tomará novos rumos; ganhando títulos de referência e sucesso.

PAULO FREIRE E SEU MODELO DE EDUCAÇÃO

PAULO FREIRE
Paulo Reglus Neves Freire nasceu em Recife no dia 19 de setembro de 1921, foi um educador brasileiro e destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência. É considerado um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica. Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África. Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio, apesar disto sua produção torna-se cada vez mais rica, por seu intermédio o Chile recebe uma distinção da Unesco por ser um dos cinco países que mais contribuíram para superar o analfabetismo.
Educação Libertadora: Para Freire o objetivo da educação deveria ser a libertação do oprimido que lhe daria meios de transformar a realidade social a sua volta mediante a “conscientização” (conhecimento crítico do mundo). Foi com essas idéias que Freire teve êxito no método de alfabetização de adultos, pois o mesmo vai muito além das normas metodológicas, ele leva em consideração a política da educação.
Pedagogia do Oprimido: Paulo Freire parte do princípio de que vivemos em uma sociedade dividida em classes, na qual o previlégio de uns impedem a maioria de usufruir os bens produzidos. Um desses bens é a educação que é negada aos menos favorecidos pela sociedade. Por este motivo não é simples instaurar a nova pedagogia pois o oprimido não se deixa libertar assim como os dominantes que acham que sua superioridade é natural, tudo é uma questão de predestinação.
Método Paulo Freire: No modelo de educação Freire os educadores superam a postura autoritária e procuram dialogar com o povo. As etapas deste processo se dão em fazer o levantamento do universo vocabular dos grupos, o que pode variar de acordo com a região onde se mora, depois organizam-se circulos sob a cordenação de um animador que pode ser um professor ou um companheiro alfabetizado, daí então inicia-se a discussão sobre um assunto determinado a partir de um tema proposto. Outras atividades também são desenvolvidas como análise de textos simples, porém sem abandonar a problematização proposta no primeiro estágio. Freire sempre prefere que os textos sejam redigídos pelos próprios alunos o que faz com que sua pedagogia represente não só um esforço, mas um trabalho efetivo em direção à democratização do ensino.
Avaliação: Ante o reconhecimento do trabalho de Freire há também as críticas vindas pelos católicos conservadores, intelectuais de esquerda. Alguns o criticam por acharem que impossível o diálogo entre educador e educando, visto que para eles há uma diferença abismal.
Considerando todas as críticas e os fatos é certo dizer que Paulo Freire contribuiu de forma eficaz para um novo modelo de educação, que visa não só uma aprendizam mecânica mais também a transformação da realidade social.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

BLOG DA ÉRICA


Olá!!!
Este blog está destinado a postagens de múltiplos assuntos como: trabalhos e atividades da faculdade e também dos cursos que estou realizando.
Espero que o que seja postado aqui sirva como bom proveito para quem acessar.
Abraços
Érica ^;^